quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Como Michelangelo Pintou o Teto da Capela Sistina

        Usando uma técnica chamada afresco*, em que a pintura é feita sobre uma argamassa de cal e areia. Como esse tipo de trabalho seca rápido, antes de botar a mão na massa, o italiano teve de estudar bastante quais imagens planejava recriar. A tarefa completa levou 4 anos, de 1508 a 1512 - mas tornou-se uma das mais importantes obras-primas da história e é, hoje, uma das maiores atrações do Vaticano - mostrada no livro "Anjos e Demônios", de Dan Brown -. O que pouca gente sabe é que, a princípio, Michelangelo não queria o serviço. Primeiro, porque considerava a pintura uma arte inferior. O gosto de Michelangelo era esculpir, e não pintar. Segundo, porque não se dava bem com o Papa Julio II, que fez a encomenda. Em 1505, ele se envolveu com a construção de um túmulo papal e ficou 8 meses na cidade de Carrara, famosa por seus mármores, selecionando as pedras ideais para a obra. Só que outro escultor, Bramante (1444 - 1514) caiu nas graças da Igreja e assumiu o projeto. Michelangelo, no fim acabou topando decorar a Sistina para provar a todos que era capaz. 
     Todavia, quando Michelangelo chegou, a Capela Sistina já tinha pinturas feitas por outros grandes nomes da época, realizadas entre 1481 e 1483. Com seus retratos bíblicos, ele cobriu  céu estrelado assinado por Píer Matteo d'Almelia.
     Michelangelo recusou ajuda na pintura. Aceitou pouquíssimos aprendizes, que faziam toda a parte "burocrática": montavam andaimes, preparavam pigmentos, limpavam pincéis e ampliavam os originais que o gênio desenhava em menor escala.
     Afresco*: Técnica antiga, que resiste bem ao tempo. Antes de receber a tinta, a superfície é preparada com uma argamassa de cal queimada e areia umedecida (daí a origem do nome). Ela seca rápido, o que exige pinceladas precisas e bem planejadas.








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